16 maio 2017

Juros Futuros - em queda aguardando a reunião da turma do Ilan

Buenas Galera! Faz algum tempo que não falo mais sobre os juros futuros, mas estamos numa época de expectativa da nova taxa de juros básicos definido pelo COPOM e o tema está na pauta - o último post foi este.

Inflação abaixo das expectativas, recessão e queda no risco país pavimentam a estrada ladeira abaixo para os juros futuros que, ao meu ver, devem continuar seu movimento de baixa - bolsa e títulos pré-fixados agradecem!

Gosto de rever o que escrevi no passado e comparar com a atualidade. Na época escrevi que esperava que o DI1F19 perdendo o suporte de 9,80 (linha verde) caminharia rumo aos 8,70 (linha rosa) com um possível suporte na região de 9,20 (linha amarela). Esse suporte de 9,20 se concretizou levemente acima (por volta de 9,30), o que considero bem aceitável. Agora espero que o DI1F19 permaneça na região de 8,70 pelo menos até a próxima reunião do COPOM. A partir daí não existem mais suportes gráficos, mas não acredito em uma queda muito acentuada, uma vez que hoje o mercado projeta uma Selic na faixa de 8,20 (média) para o final de 2018.

Bom, mas para quem está posicionado em TD-IPCA ou TD-Pré o mais importante não é o DI1F19 e sim o DI1F25. Isso porque 2019 está logo aí e os movimentos não refletem mudanças significativas nos preços desses títulos. Por outro lado, o DI1F25 já trás uma curva mais longa e impactos maiores nos valores dos títulos - no meu caso, o TD-IPCA35. Esse gráfico é mais influenciado pela instabilidade política e econômica, trazendo mais volatilidade à curva. Isso explica o repique no final de abril, por exemplo.

O andamento das reformas e o julgamento da chapa Dilma-Temer devem trazer volatilidade. A aprovação das reformas e a manutenção do presidente devem confirmar o rompimento do suporte atual (10,05 - linha pontilhada branca). Como escrevi no post anterior, esse DI não tem mais suportes e deve criar seus novos pontos de suportes e resistências, mas acredito em um suporte na faixa de 9,45 (linha pontilhada laranja)... vamos ver!

08 maio 2017

Imóveis entram na carteira?

Buenas galera! 

Com dívida, eu me sinto preso!!!
Nesse mês a previsão é de uma baixa nas comissões recebidas na ordem de 20%, então vou raspar o que tiver para cobrir a prestação da terra. O lado bom é que terei pago 67% da cota. Essa descapitalização, obviamente tem um impacto na minha carteira, como postei em março, minha carteira encolheu. Mas e meu patrimônio? Imóveis entram ou não na carteira? O que eu penso sobre isso?


Imóveis entram na carteira?

Sim, na minha opinião, imóveis entram na carteira, desde que sejam adquiridos para investimento. A grande dificuldade é de atribuir um valor de mercado a eles, pois, pela sua baixa liquidez e sua exclusividade, fica difícil precificá-los. Por isso, eu divido minha carteira em Carteira Financeira e Carteira Global.


Carteira Financeira:

Nela entram apenas os ativos que podem ser precificados facilmente, tais como Ações, ETFs, FIIs, Tesouro Direto, CDBs, LCAs, LCIs, Debêntures, Ouro, Dólar, Euro, etc. Mesmo aqueles que não têm liquidez diária, pois, embora não seja possível resgatá-los de imediato, é possível precificá-los.

Carteira Global:

Aqui, além dos ativos da Carteira Financeira, coloco os imóveis que tenho para investimento. Então, se tiver imóveis para locação, terrenos, áreas rurais, etc. entram nessa carteira. Não entram aqui a casa onde moro, automóvel, barcos, nave espacial, moto, skate, prancha de surf. Embora a residência e veículos, contabilmente, sejam ativos, a maioria da galera da finansfera só considera ativo o que coloca dinheiro no bolso, de acordo com Robert Kiyosaki. Eu também concordo com isso, uma vez que o foco aqui não é apresentar um balanço auditável e, sim, buscar a IF.

Terreno coloca dinheiro no bolso?

Sim. Colocar dinheiro no bolso, não quer dizer criar um fluxo de caixa. Por isso, um terreno vai colocar dinheiro no bolso, desde que valorize ao longo do tempo. E se não valorizar? Não é impossível, mas é improvável - até hoje nunca vi isso ocorrer com quem comprou para longo prazo. Já vi pessoas que compraram sem condições e tiveram que vender às pressas. Aí perderam dinheiro, mas isso foi fruto da falta de planejamento e não do terreno (ou de qualquer outro imóvel).

Eu entendo que todo o investimento com marcação à mercado, quer seja renda variável, fixa ou imóveis tem que ter um bom planejamento que começa com a reserva de emergência. É a reserva que vai garantir que você não precise queimar um ativo, permitindo que você espere um momento melhor para vendê-lo.

Patrimônio x Ativo:

Em síntese, eu considero todos os ativos na minha Carteira Global mas não todo o patrimônio. Veículo e residência são bens patrimoniais, mas não considero ativos pois não colocam dinheiro no bolso. Assim, no meu entendimento, todo ativo é um patrimônio, mas nem todo o patrimônio é um ativo.

Hoje, um clipe onde impera a simplicidade, porém com muita qualidade - três acordes são suficientes se bem tocados. Stray Cats - Rock This Town