31 dezembro 2017


Buenas galera! 2017 já élvis e agora é 2018. Sim, teremos Lula lá... aonde eu não sei, mas acredito que isso dará volatilidade e boas oportunidades.

Eu prefiro Lulá lá em Piraquara/PR. Até porque, se é para ressocializar quem cometeu um crime... Brasília não é o ambiente propício.

02 de Janeiro de 2018 marca dois anos de blog InvestirParaViver. Foram dois anos em que aprendi bastante sobre investimentos (pelo menos eu acho), e o blog tem sido uma ferramenta incrível para isso. Escrever o que venho fazendo, registrando as rentabilidades e etc. funciona como um histórico dessa jornada. Um histórico que consulto seguidamente para aprimorar o que vem dando certo e repensar sobre o que não vem dando um retorno tão bom.

2017 termina com a venda de um imóvel e esse valor vai turbinar a carteira financeira. Parte desse valor veio em dezembro  e o restante deve vir em janeiro. A questão agora é aonde investir... por hora vou priorizar a renda fixa pós-fixada, mesmo com as taxas não muito atrativas, mas o foco é ter liquidez para aproveitar eventuais oportunidades. Quanto a distribuição da carteira, vou continuar com a mesma divisão, ao menos, por enquanto.

E dezembro, como foi? Então, vamos aos números:
  1. A Carteira valorizou 1,68% turbinada, principalmente pelas ações. O Ibovespa subiu bem na segunda metade de dezembro, mas esse movimento não me convenceu. Subiu mesmo com notícias não muito boas e sem volume. Espero (e torço para) uma queda em janeiro ou fevereiro, aí posso comprar melhor.
    • Carteira financeira perdeu para Ibovespa e Dólar no mês, ficando acima de CDI, IFIX e IPCA.
  2. Ações bateram o Ibov: 6,93% vs 6,16%
  3. FIIs superaram o IFIX: 0,98% vs 0,60%
  4. Outras Rendas Fixas ficaram em linha com o CDI: +0,55% vs +0,54%
  5. Tesouro Direto ficou positivo no mês mas perdeu para o CDI: 0,48% vs 0,54%. Nesse mês, a causa do desempenho baixo no TD foram os aportes feitos na última semana do mês
  6. As doletas ganharam bem do dólar comercial - aportei próximo do fundo do mês: 2,10% vs 1,31%

Aportes e Retiradas

Dezembro foi um mês de dedicação ao trabalho (últimas viagens do ano) e aos trâmites da venda do imóvel.
Com essa venda, o aporte foi gordo e deverá ser maior em janeiro. Coloquei praticamente tudo na renda fixa pós fixada, aos poucos pretendo migrar para a renda variável mantendo o limite de 30%.

Objetivos 2018 

PROJETO 1 MILHÃO - 2019
Chegar a 1 milhão na carteira financeira? Não... esse objetivo seria para 2019, a não ser que tenha uma surpresa muito positiva, uma vez que não tenho ideia de vender mais nenhum imóvel no curto prazo.
O grande objetivo em 2018 é a estruturação da carteira de ações. Hoje tenho um amontoado de papéis sem muito critério nos objetivos. Pretendo traçá-los a partir de 2018 e começar a colocar essa carteira nos eixos.
Quanto a rentabilidade anual, gostaria de atingir, ao menos, 10%, mas tenho ciência que será difícil em vista que a Selic deve ficar na faixa de 6,5-7,0% a.a. e estou bastante cético com a renda variável para aumentar a exposição nesse momento.
No campo profissional, estou fazendo uma avaliação de carreira e pretendo definir meu futuro em breve, mesmo que a definição seja permanecer aonde estou.
Quanto à saúde, tenho que cuidar mais dela. Perder peso, retomar os exercícios e curtir mais família e lazer. Infelizmente esse é o objetivo mais difícil para mim...

Bola de Cristal

Faz algum tempo que não escrevo esse quadro, até porque estava ficando repetitivo, mas agora, com a virada do ano, acho que vale a pena:

  1. Lula 1: acredito que ele será condenado pelo TRF-4 e, com isso bolsa para cima e dólar para baixo. Quanto? Acho que não muito, pois já tivemos a precificação na marcação da data do julgamento. Se eu fizer alguma aposta, será bem pouco dinheiro no cenário contrário, pois a queda da bolsa e a subida do dólar seriam fortes.
  2. Lula 2: acredito que, mesmo condenado, seguirá candidato via liminares. O apoio a outro candidato de esquerda seria o Plano Z dele, o importante (para ele) é conseguir a imunidade.
  3. Eleições 2018: não simpatizo com nenhum dos candidatos melhores colocados nas pesquisas. No entanto, entendo que o foco deveria estar muito mais no Congresso do que no Planalto. Minha expectativa é de que teremos bastante volatilidade no mercado e, quedas exageradas serão oportunidades de compra. Espero estar atento aos movimentos.
  4. Reformas: acho que a reforma da previdência não passa e, se passar, será uma meia-sola que terá que ser revista em breve. Não importa o governo (direita ou esquerda) é preciso baixar o gasto público, então as reformas serão imprescindíveis.
  5. Ameaça externa: temos sempre a imprevisibilidade de uma acontecimento como uma guerra (EUA x Coréia do Norte, por ex.), atentados de grande proporção, eventos que nem imaginamos, etc. Mas, a redução do excesso de liquidez será imprescindível e, cedo ou tarde, irá ocorrer. Não adianta nos enganarmos em achar que dessa vez será diferente, porque nunca foi e, acredito, que nunca será. A redução da liquidez transfere investimentos da renda variável para a fixa e tende a afetar o preço das ações - Lei da Oferta e da Demanda. Paciência, acho que isso contribui para boas oportunidades na compra de ações. Apenas torço para que a redução da liquidez seja feita de forma progressiva ao invés de termos um estouro de bolha como 2008.
  6. Otimismo ou pessimismo: enxergo que as ações brasileiras foram tão castigadas nos últimos tempos que, nem mesmo essa retomada deixou a bolsa tão cara. Não vejo mais muitas barganhas como em 2016 e 2017, mas ainda assim podemos garimpar ações de boas empresas a preços interessantes. Isso reforça meu objetivo de depurar minha carteira. Se conseguirmos manter as taxas de juros baixas na economia brasileira, a bolsa tupiniquim continuará atrativa.
Bueno, era isso por esse ano. Um feliz 2018 para todos e bons investimentos.

05 dezembro 2017

Carteira de FIIs IPV - revisão

Buenas, galera! Na renda variável, FIIs são os ativos os quais invisto há mais tempo e, por isso, considero que minha carteira já atingiu uma certa maturidade. Isso não quer dizer que a carteira seja espetacular, que seja a mais lucrativa e equilibrada do mercado, nem que eu a recomende para você. Um bom investimento, para mim, tem que ser lucrativo no longo prazo e não dar dor de cabeça. Hoje enxergo minha carteira de FIIs nesse patamar. Ao menos, não me dá dor de cabeça, quanto ao lucro no longo prazo... tem que esperar o longo prazo...

Independente das classificações que Bovespa, blogs e sites fazem, eu classifico os FIIs de acordo com os ativos que eles têm. Por exemplo, KNRI11 para mim ele é praticamente 55% logística e 45% escritórios. De onde tiro isso?



Além do relatório de gestão eu confiro o informe mensal. Lá vejo como o fundo está distribuindo seu patrimônio. No caso do KNRI11, vi que ele tem cerca de 5,2% do patrimônio em LCIs, o que acho aceitável. Além disso o fundo mantém cerca de 2,6% em títulos públicos e outros ativos para liquidez imediata - também aceitável. Por fim, não investe em nenhum outro FII. Porque essa análise? Meu objetivo na compra de KNRI11 é a renda advinda da locação dos seus imóveis, e não da participação em outros FIIs ou recebíveis. Se eu quiser um Fundo de Fundos ou Fundo de Recebíveis, eu compro um com esse perfil, e não um fundo tijolo.

Algumas exceções ocorrem: casos como no BRCR11 em que boa parte do seu patrimônio está no FII Prime Portfólio, um fundo fechado onde ele detém 100% das cotas. Nesse caso considero a participação no FII Prime Portfólio como imóveis do BRCR11 e não participação em outros FIIs.

Não, o IPV não é doido em fazer isso todo o mês... duas vezes por ano, e só. Se algo está fora do normal vejo se tem explicação plausível. Por exemplo, se algum fundo tijolo, desenvolvimento ou fundo de fundos fez emissão de cotas recente, entendo como normal ter um percentual elevado em recebíveis de curto prazo ou títulos públicos. O mesmo vale para um fundo de gestão ativa quando vende um imóvel.

Bueno, esmiuçado os percentuais que cada fundo tem nos respectivos segmentos, eu aproprio o valor investido no FII nessas classes. Desse modo, e tendo definido minha meta para cada segmento, vou trabalhando minha carteira para manter o equilíbrio.
Preferencialmente, faço o ajuste através de aportes e não através de vendas. Como não tenho lá muuuuita experiência, procuro diversificar dentro dos segmentos. No entanto, hoje conto com 24  na carteira e acho que é demais. Sendo assim, algumas vendas serão inevitáveis.

Meu yield anual está na faixa de 7,5%. Já esteve bem superior, mas, com a valorização das cotas, os proventos baixaram um pouco. Além disso, em 2017 foquei na compra de vacância, o que também afetou o yield. Enfim, FII bom, barato e com elevado yield ficou no passado (mas pode voltar). Além do mais, 7,5% isento de IR não é tão baixo assim considerando que a Selic está nos mesmos 7,5% e deve cair um pouco mais.

Bueno, era isso...


02 dezembro 2017

Fechamento de Novembro/17 - lá vem o Brasil descendo a ladeira!

Acho que voltamos para a beira do abismo
Buenas galera! O ano acabando, e parece que o namoro com o mercado não vai vingar... a dúvida que fica é: acabou o bull market ou é só uma correção? Entendo que o mercado precificou a melhora da economia, a diminuição do desemprego, as reformas... e, agora, está cobrando a conta: economia voltou a cresce, emprego está diminuindo, os resultados das empresas estão melhores, algumas reformas foram feitas, mas... isso já foi precificado. Então não adianta o PIB crescer 1,0-1,5% pois isso não deve animar o mercado. Precisaríamos da Reforma da Previdência e, essa, eu acho que vai ficar para 2019.

Bom, a coisa não tá feia só no institucional, minha carteira encolheu novamente esse mês, após dois meses de crescimento. Alguns não recorrentes fizeram eu raspar a guaiaca e o resultado foi uma retirada de grana. A expectativa é de que isso não se repita nos próximos meses, mas vamos ver... não custa pedir uma ajuda!

Então vamos aos resultados do mês:
  1. A Carteira teve desvalorização de 0,25% - impactada principalmente pelo resultado do Tesouro Direto e das Ações. Assim, teve desempenho superior ao Ibovespa e IFIX, mas perdeu para os demais benchmarks - até pros pilas que ficaram na carteira.
  2. Ações superaram o Ibov: -1,38% vs -3,15%
  3. FIIs superaram o IFIX: +0,55% vs -0,60%
  4. Outras Rendas Fixas ficaram em linha com o CDI: +0,55% vs +0,57%
  5. Tesouro Direto registrou novo prejuízo em Novembro e perdeu para o CDI: -0,55% vs 0,57%. O principal motivo para a queda foi o preju apurado no TD-Selic+35
  6. As doletas também apanharam do dólar comercial: -0,97% vs -0,06%

Aportes e Retiradas


Em novembro tive um encolhimento da carteira, onde a principal classe sacrificada foi a de Outras Rendas Fixas. Nos FIIs coloquei uma merrequinha e fui mais generoso com Ações e FIIs.

Quanto aos calotes momentâneos, consegui recuperar parte do atrasado, mas o net permaneceu igual pois, em Novembro, mais um cheque de cliente voltou e estou tentando receber. Isso já tá enchendo o saco!!!

Em Novembro fiz mais uma troca de parte de TD-IPCA+35 por TD-Selic e é bem provável que continue essa migração em Dezembro, embora o foco desse mês é avaliar o risco da carteira e planejar 2018. Por hora não consigo adiantar nada, a não ser que vou tentar seguir a Regra Número 1.


Bom, o clipe de hoje não é Moraes Moreira / Pepeu Gomes com a música do título. Escolhi Paralamas do Sucesso com cover de Legião Urbana (Que País é Esse). Mas sabemos bem... é o País que construímos com o jeitinho brasileiro, com a lei de Gérson, com a propina pro guarda da esquina, com aquele valor a mais na nota que a empresa vai nos reembolsar, com a sonegação, com a mutreta... sempre me pergunto se as críticas aos políticos são por causa da ética ou do ciúmes...


Um grande abraço a todos e bons investimentos!!!

26 novembro 2017

IPVS3 - Investir Para Viver Silvicultura!!!

Buenas, galera! Eu estava devendo um post dedicado ao projeto dos eucaliptos.

Porque investir numa plantação de Eucaliptos?


Sinceramente, eu não fiz uma avaliação precisa do retorno do investimento, e nem sei se o retorno do projeto será positivo. Sim, fiz uma conta de padaria, mas meus reais motivos para investir foram os seguintes:

1. Sempre tive interesse em investir na área rural;
2. Quem tem plantações de Eucaliptos (assim como Pinnus) está bastante desestimulado, pois os preços estão muito baixos. A consequência desse desestímulo é a óbvia migração do cultivo de florestas para outras atividades;
3. Assim, meu racional está em entrar na contramão da tendência, acreditando que terei madeira disponível quando o mercado estiver em alta.

Avaliar o projeto em si é um pouco difícil - muito no meu caso. Alguns fatores tem graus de liberdade muito grandes pois o investimento é de longuíssimo prazo. Obviamente, há uma maneira correta de fazer essa análise, mas eu preferi cuidar os riscos e acreditar no feeling.

O mercado de eucaliptos é impactado diretamente pela atividade econômica, uma vez que boa parte da sua produção é usada como energia. Siderurgia é o maior consumidor, mas diversas indústrias, também usam caldeiras a lenha. Na região onde moro, abatedouros e frigoríficos, laticínios, secadores de grãos, lavanderias industrias são grandes compradores de lenha e também de maravalha. Uma melhora na atividade econômica, leva a um aumento na demanda por lenha.

Outro mercado que afeta bastante o preço do eucalipto é o de celulose. Eucalipto é matéria-prima para celulose de fibra curta, mas nesse caso, não tenho nenhuma processadora de celulose próxima para eu vender a produção.

A construção civil consome varas, tábuas brutas e ripamento, e também está numa pindaíba danada. A expectativa é de que sua recuperação também contribua para a demanda por eucaliptos.

Finalmente, existe o mercado de serraria e laminação, mas o prazo para atender pode passar de 20 anos, e a maioria dos produtores não aguentam. Na minha visão, é aí que está o grande lucro, e esse é o meu objetivo. Abaixo ficará mais claro, quando explicar o ciclo de produção que pretendo seguir.


Ciclo de produção:


Pela lógica, inicia-se o ciclo pelo preparo da terra e plantio. E aí já tenho que decidir a densidade que vou trabalhar (árvores / hectare). Existem vários espaçamentos para o plantio de Eucalipto, desde os mais adensados (1,5 x 1,5) com foco quase que exclusivo em energia, até os bem espaçados (10 a 50 metros) para integrar gado à floresta. Eu estou usando espaçamento 3 x 2, ou seja, terei espaçamento de três metros entre as linhas e dois metros entre as ruas.

Nesse sistema terei cerca de 1.600 árvores por hectare com pasto integrado ao plantio florestal. Provavelmente o pasto sofra após alguns anos pois o eucalipto tende a ser dominante, mas a terra está nua e o pasto irá conter os efeitos nocivos das chuvas - já tive prejuízo com isso. 

Quanto à manutenção e colheita, a expectativa é a seguinte:

Na fase inicial, após a preparação do solo e o plantio propriamente dito, a maior preocupação é o ataque de formigas, o que venho combatendo desde o primeiro dia. Além das formigas, no primeiro ano, a limpeza no entorno das árvores é fundamental e deve ser feita através de capinas e roçadas. Por hora, o foco está só no combate às formigas, pois os pés ainda estão livres de mato.

2 anos: faz-se a desrama para evitar o aparecimento de nós nas madeiras. Caso seja possível, o material retirado será vendido para maravalha, lenha e/ou carvão.

4-6 anos: corte de 50% das árvores com venda para escoras, mourões, maravalha, lenha e/ou carvão. As árvores cortadas irão rebrotar e, após 4-6 anos, terei um novo corte. Espero um volume equivalente a 125 m³ de lenha por hectare nesse corte.

10-12 anos: corte de 75% das árvore com venda para escoras, mourões, maravalha, lenha e/ou carvão. Novamente as árvores cortadas irão rebrotar e darão um novo corte após 4-6 anos. Tenho a expectativa de um volume equivalente a 250 m³ de lenha por hectare.

16-20 anos: corte raso. 75% das árvores (as que são fruto de rebrotas) irão para o mercado de escoras, mourões, maravalha, lenha e/ou carvão. Nesse volume espero obter o equivalente a 375 m³ de lenha por hectare.
Já, nos 25% restante, é onde estará o grande lucro, pois o retorno financeiro deverá equivaler a 2.000 m³ de lenha por hectare vendendo para serraria e/ou laminação.

Escoras e Ripamento, Carvão, Maravalha, Lenha
Mourões, Tábuas e Lâminas

Há quinze dias o Rock perdeu uma grande figura: Malcolm Young, guitarrista base do AC/DC faleceu, e hoje trago o som deles no Monumental de Núñez (You shook me all night long). Sei que no Brasil assistimos a bons shows, mas quem tiver a oportunidade de, algum dia, assistir um show em Buenos Aires... é uma experiência única!!!

05 novembro 2017

Fechamento de Outubro/17 - no creo en brujas pero que las hay las hay!

"Tá alto para carpir, tá baixo pra roçar e tá molhado pra queimar. Não tem o que fazer!!!"

Buenas, galera!!! Acabou Outubro e... foi um mês complicado. Baixo aporte, rentabilidade baixa, porém em linha com a realidade do mês... mas o pior, foi o grande desencaixe que tive pelos não recorrentes...

Vida que segue e que venha Novembro. Putz!!! Já começou assombroso!

Vamos direto aos resultados, e depois as lamúrias...
  1. A Carteira teve valorização de 0,71% - nenhuma pérola, mas no mês superou CDI (0,64%), IBOVESPA (0,02%), IFIX (0,24%), perdendo apenas para o Dólar (3,36%)
  2. Ações superaram o IBOV 1,07% x 0,02%
  3. FIIs superaram o IFIX 2,40% x 0,24%
  4. Outras Rendas Fixas bateram CDI: 0,88% x 0,64%
  5. Tesouro Direto registrou prejuízo de quase 1% e perdeu feio para o CDI (-0,96% x 0,64%). Os principais motivos para a queda foram as rentabilidades negativas das LTNs e NTN-Bs longas 
  6. Reserva Cambial rendeu ligeiramente a menos que o Dólar Comercial 3,05% x 3,36%

Em Outubro tive alguns não recorrentes que afetaram bastante o potencial de aporte. Vamos a eles:
Comecei Novembro com o pé esquerdo!!!!
  1. Custos de escritura e registro da terra.
  2. Inadimplência de um cliente afetou cerca de 15% das receitas do mês.
  3. Um acordo com o antigo inquilino resultou na troca de um saldo a receber por produtos para casa. Os produtos que recebi em troca da dívida eu iria comprar de qualquer forma, mas o desencaixe não seria agora.
  4. Para finalizar o mês, e entrar Novembro (com o pé esquerdo) o excesso de chuvas ocasionou um atraso no plantio dos eucaliptos. O problema foi majorado pelo fato de que as mudas já estavam na propriedade e a água levou quase todas. Para piorar, terei que refazer as curvas de nível no sítio antes de pensar em plantar. No total, estimo um gasto extra na casa de 6-8 k (horas máquina + mudas).
  5. Meu apartamento que representava uma graninha extra todo o mês está vago!!! Isso vai impactar a partir de Novembro.
Com a esguelepada no potencial dos aportes, estou vendendo alguns ativos que julgo maturados para equilibrar o caixa e atenuar o descompasso entre receitas e despesas. Nada que abale o planejamento macro, pois já imaginava que isso poderia ocorrer devido ao investimento pesado (para o meu bolso) no sítio.

Aportes e retiradas


Em Setembro vendi algumas Ações e FIIs para manter a liquidez pagar as contas do mês. Passado os gastos que tinha até o final daquele mês, retornei uma boa quantia para as ações em Outubro. No entanto, na última semana do mês chegaram os não recorrentes. Com esse imprevisto, os aportes de Outubro representaram a merreca de 0,20% sobre o saldo da carteira de Setembro.



O TD foi a classe que mais resgatei. No entanto, o número está um pouco distorcido pois tem um valor de venda de TD-IPCA+35 que está em conta corrente para compra de TD-Selic. Em Novembro, pretendo continuar a troca de TD-IPCA+35 por TD-Selic. Entendo que o risco (econômico e político) já está muito elevado para o meu perfil e pretendo reduzir minha exposição nesse títulos mais voláteis. Atualmente, minha exposição em NTN-Bs e LTNs longas está na faixa de 35% e pretendo chegar na faixa de 20%.

Novembro


Em Novembro pretendo recuperar, ao menos parcialmente, os valores que estão em atraso dos clientes e preparar a terra para o plantio. No balanço, deve entrar por um bolso e sai pelo outro... mas tudo bem.

Quanto aos aportes, pretendo focar em renda fixa pós-fixada. Estou um pouco cético com relação a ações e FIIs.

* Como a carteira de imóveis deve ficar parada por um bom tempo, a partir desse mês vou postar apenas sobre a Carteira Financeira.


Sucesso e bom investimento a todos!!!

Ah... no clipe de hoje, um pouco de ironia: Chove Chuva (Biquíni Cavadão)

15 outubro 2017

Fechamento de Agosto/17 e Setembo/17 - o retorno dos aportes!!!

Buenas, galera!!! Correria sem fim, por isso dei um tempo nas postagens e hoje vou publicar um resumão...

Começando pelo que aconteceu com o post sobre os resultados de Agosto... tava prontinho, era só publicar e perdi tudo. Sim, sou um ignara na área da informática, mas deixando os meios de lado... o resultado é que perdi a postagem!

Bom, aí fomos para Setembro e já estamos na metade de Outubro... hoje tomei vergonha na cara para publicar os resultados dos últimos dois meses.

Agosto


Foram dois meses positivos, mas vamos primeiro a desempenho de Agosto:

  1. Carteira teve valorização de 2,46% perdendo apenas para o Ibovespa no mês
  2. Ações superaram o IBOV 8,55% x 7,46%
  3. FIIs, por sua vez, perderam para o IFIX -0,25% x 0,87%
  4. Outras Rendas Fixas bateram bem o CDI: 2,37% x 0,80%
  5. Tesouro Direto também superou o CDI: 1,38% x 0,80%
  6. Reserva Cambial praticamente empatou com o Dólar Comercial 0,93% x 0,97%

Agosto foi marcado pela última prestação da compra da terra e também com aporte de 1,76% na Carteira Financeira, o que é significativo. No mês sacrifiquei um pouco de ações e aportei mais em Renda Fixa devido a alguns compromissos próximos.
A avaliação das Carteiras Financeira e Global mostrou que ambas avançaram no mês. A Carteira Financeira cresceu 3,95% enquanto que a Global 3,09%.

Setembro



  1. Carteira teve valorização de 2,94% perdendo para o Ibovespa e para o IFIX no mês
  2. Ações superaram o IBOV 6,81% x 5,88%
  3. FIIs novamente perderam para o IFIX 5,55% x 6,57%
  4. Outras Rendas Fixas praticamente igualaram ao CDI: 0,65% x 0,64% - isso foi devido, principalmente ao vencimento de uma LC que não foi aportada novamente
  5. Tesouro Direto superou bem o CDI: 1,86% x 0,64%
  6. Reserva Cambial superou o Dólar Comercial 1,12% x 0,57%

Setembro não teve pagamento da terra, então o aporte retornou aos valores antigos e atingiu 5,13%. No entanto, em Outubro, devo ter o desembolso da escritura e registro, além da compra das mudas e mão-de-obra para o plantio.
No mês, novamente retirei algum valor de ações e também dos FIIs. O aporte ficou concentrado em Outras Rendas Fixas para manter liquidez suficiente para pagar os custos do plantio das árvores.
A avaliação das Carteiras Financeira e Global mostrou que ambas avançaram no mês, porém sem investimento em imóveis. A Carteira Financeira cresceu 8,22% enquanto que a Global 3,26%.


Bueno Galera! Espero retomar o padrão das postagens, mas tenho estudado bastante alguns assuntos de meu interesse (relativo a finanças) e também focado bastante no empreendimento florestal. As mudas já estão decididas, o sistema de plantio também, porém estou buscando mais alternativas para deixar a terra mais rentável, mas isso ficará para um outro post.

Abraço e sucesso a todos!!!

05 agosto 2017

Fechamento de Julho/17 -

Sinto que o crescimento do mês
passado foi fogo de palha...
Buenas, galera! Esse mês voltamos à ciranda de sempre... sem crescimento na carteira financeira, mas também quase sem queda. Um encolhimento de 0,07% - estável. Pois é, minha via crucis deve seguir por mais dois meses.

Então vamos ao desempenho:

A CARTEIRA FINANCEIRA diminuiu 0,07%a CARTEIRA GLOBAL avançou 1,5%. Em 2017 o crescimento foi 7,6% para a Financeira e 18,1% para a Global. Abaixo seguem os comparativos da Carteira Financeira frente aos principais indicadores e a atual distribuição das carteiras (Financeira e Global).

Aporte? Não esse mês! Novamente draguei a carteira financeira, mas o dinheiro não desapareceu. Virou mais um pedaço de terra. Embora sem valores, o gráfico aportes mostra que a classe mais castigada nesse mês foi a de Outras Rendas Fixas, enquanto que o TD recebeu um pouco da mascada. Ações também cederam capital e FIIs receberam um leve aporte. No total, o desfalque foi significativo. Apenas as doletas permaneceram sem aporte nem retiradas.

Perdas e Ganhos



A carteira teve uma valorização interessante de 1,83%. Continua superando o CDI, IFIX, Poupança, Dólar e IPCA. Neste mês ficou para trás apenas do Ibovespa.

Ações valorizaram 4,44% no mês, levemente abaixo do Ibovespa (4,80%). Os destaques do mês foram BBAS3 e HGTX3 e, na ponta negativa, TUPY3 foi a única ação com queda na carteira.

FIIs valorizaram 0,30% que, embora baixo, performou melhor que o IFIX (-0,39%). O destaque do mês foi a queda de BRCR11.

Outras Rendas Fixas valorizaram 0,99% contra 0,80% do CDI, em linha com os demais meses.

Tesouro Direto após dois meses no marasmo, voltou a turbinar e encerrou julho com valorização de 2,74%. O TD-IPCA+35 que vinha afetando negativamente os resultados dos últimos dois meses, subiu 4,69% em julho dando uma boa ajuda na carteira

Reserva Cambial seguiu a queda do dólar no mercado e ficou negativa em 4,76%. No entanto caiu menos que o Dólar Comercial (-5,92%).

Bola de Cristal


Quem sabe teremos alguns momentos de tranquilidade. Será? No final de junho não via um cenário muito positivo, mas a condenação de Lula e a força do governo deram um ânimo ao mercado.

No entanto não vejo nenhum desses fatos como algo duradouro. A condenação de Lula foi em primeira instância e pode ser revertida ou não ratificada pela segunda instância até o pleito de 2018. De concreto deu a ele um motivo claro para candidatar-se: foro privilegiado.

A força de Temer... salvou o pescoço dele, mas não sei se terá força para seguir com as reformas, em especial a da previdência. Tomara que sim e que não saia muito caro. Eu preferia o Maia no lugar dele nesse momento, mas vamos em frente.

Ações: parecia que a consolidação iria romper para baixo, mas vieram boas novas e as ações decolaram. Em especial as estatais que ainda estavam mais atrás na recuperação. Claro, isso tudo tem influência no curto prazo, no longo prazo tanto faz. O foco é boas empresas e aportar constantemente. No meu caso, só manutenção até retomar o poder de aporte.

FIIs: continuo acreditando na resiliência deles, embora parece que estão mostrando esgotamento. Acho que o fim do ciclo de queda dos juros pode trazer uma realização nos papéis.

Juros: a queda de 100 bps foi concretizada em 25 e 26/07. Por hora acredito que teremos mais um corte igual em setembro. Vamos ver se os TDs indexados cedem um pouco mais pois quero realizar o lucro de alguns títulos...

Dólar: caiu forte em Julho ao perder os 3,20 e acredito que vai enroscar na casa dos 3,10. Continuo sem aportar.

Som de hoje: Megadeth - Holy Wars

29 julho 2017

DIs longos flertando com o patamar pré-Joesley

Buenas, galera! Um post rápido apenas para atualizar o comportamento dos juros futuros.

Na última postagem havia comentado que os DI1F19 já havia retornado ao patamar pré-crise, enquanto que o DI1F25 ainda estava sobre uma resistência e que, assim que rompida poderia tomar trajetória até a faixa de 10,00. Isso ocorreu na semana seguinte com o mercado acreditando no corte dos juros pelo COPOM.
1. O gráfico verde e vermelho é o DI1F19 e o azul e rosa o DI1F25
2. No dia 17/05 marcado pelas setas verdes os DIs estavam em ancorados nos suportes de 8,70 (DI1F19) e 10,00 (DI1F25) e, no dia seguinte, subiram na faixa de 130-150 bps.
3. O DI1F25 encontrava-se sobre o suporte na região dos 10,60. Logo depois da linha pontilhada do retângulo da consolidação ele rompeu a consolidação e passou pela antiga resistência dos 10,41 vindo testar os 10,00.
4. Depois desse movimento acredito que ele permaneça testando os 10,00 por um tempo antes de romper e cair em direção aos 9,60 e, depois, 9,20. Vale lembrar que as incertezas políticas afetam muito a curva desse DI.
5. O DI1F19 também caiu e com mais vontade. Isso porque as incertezas o afetam menos, uma vez que tem prazo curto. Não vejo muito mais espaço para queda no DI1F19 que deve acompanhar a expectativa da Selic para o final de 2018. Como já está em 8,00/8,10 pode cair quanto mais? 50, 100 bps? Será que teremos Selic abaixo de 7,5 ou 7? Temos que aguardar, mas eu considero 7,5.

Quanto ao Tesouro Direto, como esperado o TD-IPCA+19 caiu forte acompanhando a curva do DI19. O mesmo podemos falar sobre o TD-Pré+23 que retornou ao patamar pré-Joesley.

Já os TD-IPCA+24, TD-IPCA+35 e TD-IPCA+45 estão mais céticos e guardando um pouco de incerteza.
Pré23 -5pp: TD-Préfixado venc. 2023 com 5 pontos percentuais a menos
Fiz isso para ficar mais fácil de visualizar no gráfico
Para facilitar, tracei linhas horizontais partindo do ponto em que estavam as taxas dos TDs no dia 17/05.
TD-IPCA+19: linha mais baixa - está na cota de 4,60
TD-Pré+23: próxima linha - está na cota de 5,03 (portanto o valor correto é 10,03)
TD-IPCA+24/35/45: logo acima da linha do TD-Pré+23 - está na cota de 5,10

Sendo assim, continuo aguardando o TD-IPCA+35 chegar ao patamar pré-crise para trocar um pouco desse título para TD-Selic23.

07 julho 2017

Os juros futuros 51 dias após a delação da JBndeS!

Buenas, galera! Lembram do dia 18/05/17? Eu lembro, e como lembro. Estava bem confiante na queda dos juros dos TD-IPCA, tanto que no dia 17 havia postado um estudo gráfico sobre as curvas de juros DI1F19 e DI1F25 - Juros Futuros - em queda aguardando a reunião da turma do Ilan

Eis que veio a delação da JBS e os juros subiram. No dia seguinte eu iria vender parte dos TD-IPCA35 que tenho e colocar em TD-Selic. Como diz meu herói Maxwel Smart "foi por um tantinho assim!"

Paciência, não tenho o poder de prever o futuro, então VTNC-PQP!!! Aproveitando o problema para estudar mais e acompanhar a evolução gráfica, percebo que hoje, 51 dias após a delação, a curva de juros curta (2019) já retornou ao mesmo patamar de 17/05, enquanto que a longa (2025) ainda está bastante acima do seu ponto na mesma data. Motivo para isso? Para mim é a instabilidade e incerteza política. Temer cai ou não cai? Maia assume e pode estar envolvido na Lava Jato? Quem tem chances nas eleições de 2018 que já começaram? 

Minha cara quando as taxas subiram e eu não tinha vendido
os títulos que queria ainda
Sim, essa idiotice de eleições antecipadas é besteira que só serve para discurso de demagogo. Nem quem defende essa burrice acha que é viável, mas para efeito de discurso e se fazer de vítima se prestam a defender uma causa perdida. Para termos a eleição antecipada, esta precisa ser aprovada através de uma PEC e, aí, até ser discutida, aprovada, e efetivamente colocada em prática... estaremos no pleito de 2018. Ou seja, é como tosquiar porco, muito berro e nada de lã!!!

Bom, mas o assunto era o gráfico de juros, correto? Então vamos lá. 
1. O gráfico verde e vermelho é o DI1F19 e o azul e rosa o DI1F25
2. No dia 17/05 marcado pelas setas verdes os DIs estavam em ancorados nos suportes de 8,70 (DI1F19) e 10,00 (DI1F25) e, no dia seguinte, subiram na faixa de 130-150 bps.
3. O DI1F19 caiu rapidamente até o antigo suporte de 9,20 e logo rompeu retornando ao mesmo patamar pré-crise (seta vermelha). Ou seja, até 2019 pouco coisa vai influenciar a trajetória dos juros e o mercado já estima a Selic na faixa de 8,00 então pode cair mais um pouquinho.
4. O DI1F25 também caiu rápido mas encontrou suporte nos 10,60. Esse ponto serviu como resistência de meados de fevereiro até final de abril. Acredito que assim que rompido esse suporte, poderemos ter uma rápida queda até os 10,00 e poderei vender parte dos meus preciosos.
5. Vejo o DI1F25 consolidado no quadro verde e, ao meu ver, o motivo dessa consolidação é a incerteza política. O preço das reformas subiu e nem tudo o que estava previsto vai passar, além de não sabermos se vai passar. Então acho justo e até barato o mercado cobrar esses 60 bps pela nossa safadeza.

Isso explica porque as curva do TD-IPCA+19 (azul claro) já está praticamente no patamar pré-crise enquanto que as taxas dos mesmos títulos com vencimentos mais longos (24, 35 e 45) e o TD-Pré23 ainda estão substancialmente acima do patamar pré-crise.
Pré23 -5pp: TD-Préfixado venc. 2023 com 5 pontos percentuais a menos
Fiz isso para ficar mais fácil de visualizar no gráfico
No gráfico acima percebe-se que as curvas amarela (TD-IPCA35) e azul escuro (TD-IPCA45) andam juntas mesmo, pois estão sobrepostas.

O TD-Pré23 teve uma subida maior, mas também uma queda mais rápida. Felizmente (assim espero) na época da explosão comprei esse título ao invés dos indexados.

Bueno, o texto já ficou longo e então hoje vamos parando por aqui mesmo!

Abraço e sucesso a todos!!!

Ah! Sim, hoje tem clipe... tupiniquim... Ultraje a Rigor (Dinheiro)


02 julho 2017

Fechamento Junho/17 - de volta ao crescimento! Medalha, Medalha, Medalha!

Buenas, galera! Esse mês foi incrível. Eu estava aguardando uma nova queda na carteira financeira, mas eis que para minha grata surpresa, tive uma pequena evolução de 0,55%. Como desde fevereiro não via esse número positivo, isso foi ótimo! Outro fato que me alegrou é que, após três meses de retiradas, esse mês tive aporte na carteira. Foi pouco, 0,41% sobre o saldo do mês passado, mas também é animador.

Como ainda tenho três meses de investimento forte no projeto do reflorestamento, estou ciente que os números podem voltar ao negativo nos próximos fechamentos.

Então vamos ao desempenho:

A CARTEIRA FINANCEIRA cresceu 0,55% e a CARTEIRA GLOBAL avançou 1,8%. Nos seis meses de 2017 o crescimento foi 7,7% para a Financeira e 16,3% para a Global. Abaixo segue os comparativos da Carteira Financeira frente aos principais indicadores e a atual distribuição das carteiras (Financeira e Global)




Em Maio, não fui muito feliz em aportar em ações, pois comprei antes do dia 18 - paciência! Mesmo entendendo que tudo pode mudar a qualquer hora, optei por diminuir a exposição em ações e manter mais recursos na renda fixa. Gostaria de estar fazendo o contrário, porém os compromissos assumidos não permitem.

Perdas e Ganhos


A carteira teve uma valorização de 0,14%. Continua perdendo para todos os benchmarks, inclusive para a poupança, mas nesse mês ganhou da grana que ficou na carteira.

Ações, novamente tiveram o pior desempenho do mês, caindo 1,14% e perdendo para o Ibovespa que valorizou 0,30% em Junho. ESTC3 foi a ação que mais impactou negativamente o resultado, enquanto que CVCB3 foi a que teve o melhor desempenho.

FIIs valorizaram 0,64% e perdeu para o IFIX (+0,85%). O destaque do mês foi FIGS11 que valorizou 14,54%. Nesse mês aumentei a posição em RNGO11 e inclui SDIL11 na carteira.

Outras Rendas Fixas valorizaram 1,08% contra 0,81% do CDI, e nesse mês foi a melhor rentabilidade da carteira.

Tesouro Direto novamente ficou estável, com valorização de 0,01%. Novamente a ponta negativa foi o TD-IPCA35 com queda de 0,94%, enquanto que os pós-fixados tiveram o melhor desempenho. Achei estranho o descasamento das rentabilidades dos pré-fixados, onde os títulos com cupom tiveram queda acentuada enquanto que os sem cupons tiveram uma boa rentabilidade. Acredito que o extrato esteja considerando o pagamento dos cupons que ocorrem no primeiro dia útil de julho. Se for isso mesmo, em poucos dias essa distorção corrige. 

Reserva Cambial embora o dólar comercial tenha valorizado 2,41% no mês, minha reserva cambial apresentou queda de 0,40%.

Bola de Cristal


Não vejo muita novidade no ar... incertezas e incertezas. O ambiente externo arrefeceu e o interno parece estar caminhando para um acordão.

Posso estar errado, mas acredito que a pizza está assando. STF baixou a guarda, a amnésia seletiva toma conta dos investigados, o pleito de 2018 já está correndo... e as reformas? Se sair a trabalhista sem muita descaracterização, já considero lucro.

Lula 2018? Acho que mesmo sem condenação ele não se candidata, ou entra na corrida sem muita vontade. Vamos aos fatos: governar com dinheiro é bom, governar sem dinheiro é o problema. De todos os defeitos que vejo nele, a falta de esperteza não é um deles.


Ações: até o final de junho via o cenário consolidado. Acredito que o viés de baixa deve prevalecer, mas o que acho e o que vai acontecer nem sempre convergem.

FIIs: continuo acreditando na resiliência deles.

Juros: continuo acreditando na queda. Recessão e baixa inflação devem pressionar a próxima reunião do COPOM em 25 e 26/07. Imagino um novo corte de 100 bps na taxa Selic.

Dólar: mostrou força em Junho e encostou em 3,35 - acima da zona de estabilidade que eu considerava (3,20 - 3,30). Continuo sem aportar.

Clipe de hoje: Wild Flower (The Cult)

19 junho 2017

Educação financeira de pai para filho. Final feliz para o episódio do vídeo game.

Buenas Galera! Em janeiro desse ano escrevi esse post contando a saga do meu filho para a troca do seu videogame.

Na época ele já vinha poupando há quase dois anos para isso e, nesse último final de semana, ele conseguiu realizar o seu objetivo. Foi uma conquista que me deixou muito orgulhoso. Durante essa caminhada ele abdicou de pegar empréstimo para antecipar a compra e poupou religiosamente com foco no longo prazo. Conheço muitos adultos que não demonstram a mesma paciência e perseverança desse garoto de 13 anos.

Lembro-me de quando fiz minha primeira venda e meu chefe disse que para vender R$ 100,00 ou R$ 100.000,00 usava-se o mesmo processo. Hoje com mais experiência entendo que isso é verdade, e ouso a dizer que, para conquistar a IF ou comprar um bem desejado também se usa mesmo processo. Muda-se o objetivo, mas a disciplina e o foco no longo prazo devem ser o mesmo.


Mudando radicalmente de assunto, mas mantendo a tradição de minhas chamadas para a Doação de Sangue, no último dia 14 foi o Dia Mundial do Doador de Sangue. Não doei sangue nesse dia, pois ainda não faz 60 dias da minha última doação, mas, assim que estiver apto a doar novamente, eu farei nova doação.


11 junho 2017

Fechamento Maio/17 - tá ruim mas tá bom!

Buenas, galera! Meu último post foi dia 16/05 e nele comentei sobre a expectativa otimista que o mercado estava com a queda dos juros futuros Juros Futuros - em queda aguardando a reunião da turma do Ilan. Bem, um dia depois o bicho pegou, houve a delação da JBS e isso atingiu em cheio o governo Temer. Olha o que aconteceu com o Ibovespa - coitado!!!

Vínhamos numa bela alta desde o inicio de 2016 e o mercado esperava o rompimento da resistência dos 69.478 pontos (linha amarela). Aí, após o fechamento do mercado no dia 17/05 veio a notícia da delação e, no dia 18, o sell-off com o rompimento da LTA (linha azul) que suportava a alta desde o final de janeiro de 2016. Bueno, eu também apostava no rompimento da máxima e estava reforçando posições... paciência, fiz algumas compras no topo, mas sem estresse, no longo prazo tudo se resolve.

No dia 18? Nem operei. Primeiro não iria vender no pânico e, depois, tinha uma reunião com cliente marcada para as 10 da manhã que emendou com um almoço, ou seja, só fui ver o que estava acontecendo com o Ibov aí pelas 14:00.

E agora José? Agora, estou em compasso de espera, até porque tenho alguns compromissos e não tenho pressa em aportar. Entendo que o mercado consolidou e as bombas políticas vs os avanços das reformas vão ditar o rumo. Particularmente acredito que teremos mais correções, mas só o tempo dirá o que realmente vai acontecer.

Então vamos aos resultados:

A CARTEIRA FINANCEIRA encolheu 1,2%, o que já era esperado, mas a CARTEIRA GLOBAL avançou 1,1%, devido ao pagamento de mais uma parcela da terra.

No mês passado, havia diminuído a exposição em ações e comprado algumas doletas quando os pilas ianques caíram a 3,10 - bendita hora!!! Em Maio reforcei as ações e não aportei em dólar. Infelizmente, comprei a maior parte das ações antes do dia 17. A limada em Maio ficou concentrada em CDBs e TD.

Perdas e Ganhos


A carteira teve uma desvalorização de 0,3%, ou seja, perdeu para o CDI e para o IFIX e até para a poupança (+0,58%.) Na realidade, perdeu até para a grana que ficou na carteira, mas ganhou do IBOV.

Ações, ao contrário do mês passado, tiveram o pior desempenho do mês, caindo 4,24% e perdendo para o Ibovespa que perdeu 4,12% no período. BBAS3 foi a ação que mais impactou negativamente o resultado, enquanto que WEGE3 foi a que teve o melhor desempenho.

FIIs valorizaram 1,28% e bateram novamente o IFIX (+1,02%). O destaque do mês foi HGRE11 que valorizou 9,19%.

Outras Rendas Fixas valorizaram 1,11% contra 0,93% do CDI - nada mal, para 'perda fixa' como alguns chamam.

Tesouro Direto caiu 0,01%, ou seja, ficou praticamente estável, mas por ser uma renda fixa muitos esperam rentabilidade positiva. No entanto, papéis que tem marcação a mercado variam, e tornam a renda fixa não tão fixa assim. Novamente o principal impacto negativo veio do TD-IPCA35 que, embora tenha caído apenas 0,57%, devido ao seu peso na carteira foi o que mais contribuiu para o resultado negativo.

Reserva Cambial foi o grande drive positivo da carteira no mês. A valorização foi de 4,72% superando o dólar comercial (+1,93%).

Bola de Cristal


No último mês dividi as expectativas entre os fronts externo e interno.

No front externo minhas considerações ficavam a cargo da economia chinesa, tensões entre Coréia do Norte e EUA, política fiscal do Trump e as eleições francesas. Das quatro, a economia chinesa muito me preocupa e não entendo porque os mercados estão ignorando esse problemas - talvez os tubas estejam desovando suas posições bem quietinho, sei lá, mas algo não me cheira bem.

Já no front interno eu me mostrava bastante pessimista, porém não imaginava uma bosta tão grande. Não defendo o Temer, até por que, para mim, é tudo farinha do mesmo saco, mas esperava que ele remasse até 2018 com certa blindagem tranquilidade para que as reformas fossem aprovadas.

Agora, com todos os nossos problemas internos, os externos podem até contribuir, mas não devem piorar muito a toada por aqui.

Ações: acho que devem sofrer bastante. Espera-se que os bancos entrem na ciranda das delações, novas denúncias devem aparecer e envolver o nome do presidente... Mas, o que mais temo, é que os nomes da área econômica sejam ligados a alguma falcatrua e passemos a ter incerteza da continuidade desse time. O pulga que está atrás da minha orelha: Henrique Meirelles - presidente do Conselho de Administração da J&F Investimentos de 2012 a 2016.

FIIs: acredito que sejam mais resilientes pois a precificação está muito mais atrelada à queda dos juros do que a política.

Juros: acredito que continuem em queda e pela expectativa de recessão, associada à baixa inflação. Não me surpreenderia se o mercado passasse a precificar uma queda de 100 bps para a próxima reunião. Se for aportar, provavelmente os pós fixados sejam minha classe preferida no momento.

Dólar: parece ter encontrado uma zona de estabilidade entre 3,20 e 3,30. Por hora não pretendo aportar, a não que demonstre força para subir acima de 3,35 e se manter.

Clipe de hoje: RISE (PIL) - Live at Glastonbury 2013. Pois é, com a idade os quilos não chegaram só para mim. I could be wrong, i could be right - who knows, wherever...