24 fevereiro 2017

Copom reduz a taxa Selic para 12,25% ao ano - postei atrasado, mas tudo bem...

Buenas galera, se quiserem pulem o comunicado e vão para o rascunho do Ilan, logo após o texto copiado.

"​O Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 12,25% a.a., sem viés.

A atualização do cenário básico do Copom pode ser descrita com as seguintes observações:

O conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom mostra alguns sinais mistos, mas compatíveis com estabilização da economia no curto prazo. A evidência sugere uma retomada gradual da atividade econômica ao longo de 2017;

No âmbito externo, o cenário ainda é bastante incerto. Entretanto, até o momento, a atividade econômica global mais forte e o consequente impacto positivo nos preços de commodities têm mitigado os efeitos sobre a economia brasileira de revisões de política econômica em algumas economias centrais;

O comportamento da inflação permanece favorável. O processo de desinflação é mais difundido e indica desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. Houve ainda uma retomada na desinflação dos preços de alimentos, que constitui choque de oferta favorável;

As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus recuaram para em torno de 4,4% para 2017 e mantiveram-se ao redor de 4,5% para 2018 e horizontes mais distantes; e

No cenário de mercado, as projeções do Copom recuaram para em torno de 4,2% em 2017 e mantiveram-se ao redor de 4,5% para 2018. Esse cenário embute hipótese de trajetória de juros que alcança 9,5% e 9% ao final de 2017 e 2018, respectivamente.

O Comitê ressalta que seu cenário básico para a inflação envolve fatores de risco em ambas as direções: (i) o alto grau de incerteza no cenário externo pode dificultar o processo de desinflação; (ii) o choque de oferta favorável nos preços de alimentos pode produzir efeitos secundários e, portanto, contribuir para quedas adicionais das expectativas de inflação e da inflação em outros setores da economia; e (iii) a recuperação da economia pode ser mais (ou menos) demorada e gradual do que a antecipada.

O Comitê destaca a importância da aprovação e implementação das reformas, notadamente as de natureza fiscal, e de ajustes na economia brasileira para a sustentabilidade da desinflação e para a redução de sua taxa de juros estrutural.

Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, pela redução da taxa básica de juros para 12,25% a.a., sem viés. O Comitê entende que a convergência da inflação para a meta de 4,5% no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui os anos-calendário de 2017 e, com peso gradualmente crescente, de 2018, é compatível com o processo de flexibilização monetária.

O Copom entende que a extensão do ciclo de flexibilização monetária dependerá das estimativas da taxa de juros estrutural da economia brasileira, que continuarão a ser reavaliadas pelo Comitê ao longo do tempo.

O Copom ressalta que uma possível intensificação do ritmo de flexibilização monetária dependerá da estimativa da extensão do ciclo, mas, também, da evolução da atividade econômica, dos demais fatores de risco e das projeções e expectativas de inflação.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Ilan Goldfajn (Presidente), Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Viana de Carvalho, Isaac Sidney Menezes Ferreira, Luiz Edson Feltrim, Otávio Ribeiro Damaso, Reinaldo Le Grazie, Sidnei Corrêa Marques e Tiago Couto Berriel."

Abaixo segue o rascunho da carta, escrita em próprio punho pelo Ilan - kkkk

Bom, a mim interessa a trajetória dos juros futuros, que continuam em baixa, então, rentabilidade nos TD pré-fixados (indexados ou não), ações e FIIs.
Há um mês postei uma análise dos gráficos do DI1F19 e DI1F25. Se quiser ver (ou rever) a postagem, clique DI1F19 e DI1F25 - juros futuros, e daí?. Nessa postagem escrevi:
"Agora, minha expectativa é que os juros continuem caindo e, assim que o DI1F19 romper definitivamente o suporte de 10,41, acredito que venha a testar os 9,80 (linha verde) e os 8,70 (linha rosa). Já o DI1F25 caminha para testar o último suporte em 10,77 (linha verde) depois vai escrever sua própria história, mas acredito em barreiras próximo aos 10 e aos 9, ou seja, os mesmos suportes do DI1F19 + um pequeno prêmio por ser uma projeção mais longa. Obviamente que repiques podem e devem ocorrer, essa trajetória não é linear..."
Não é que foi... logo depois do post, o DI1F19 furou o suporte de 10,41 e depois da reunião de ontem bateu no suporte de 9,80. Sendo assim, acredito que rompido esses 9,80 o DI1F19 vai em direção ao 8,70. Porém, acredito num suporte na faixa 9,20 que havia deixado fora no gráfico anterior.
O DI1F25 também seguiu como esperado, mas surpreendeu por passar tão fácil pelo suporte de 10,77 - passou, fez um reteste e caiu para o patamar de 10,45, aonde se segurou até dia 22/02. Como havia comentado no outro post o DI1F25 não tem mais suportes no gráfico, mas acredito que use algo próximo aos do DI1F19.
Abaixo seguem os gráficos do DI1F19, DI1F25 e um comparativo entre os dois.
Bueno, por hoje era isso... fica um clipe do RHCH (Dark Necessities)

08 fevereiro 2017

Azar, será que existe?

Há alguns dias atrás postei sobre a sorte se você não leu leia aqui Sorte, será que existe? Hoje vou explanar sobre o seu oposto o azar. Na outra postagem defini sorte como um bônus que recebemos pelo nossos esforços. Pela lógica, o azar seria, então, um ônus devido pela nossa negligência, preguiça, despreparo...

Eu sou muito otimista, por isso não me considero azarado. Quando algo não sai como planejado, procuro ver o lado bom da situação e buscar uma oportunidade de melhoria no "fracasso".

Para ilustrar o azar (na minha concepção), vou pegar emprestado um caso que recentemente ocorreu com uma conhecida minha. Vou chamá-la de Maria. Maria Sem Serventia... porém, no caso dela, não sei se ela já conseguiu ver o lado positivo dos acontecimentos.

Maria Sem Serventia, é uma jovem um pouco perdida. Embora de família humilde, sempre estudou em colégio particular, pois todos faziam os esforços necessários para dar-lhe uma educação de qualidade. Entretanto, Maria tinha dois problemas na escola: números e letras, mas a culpa era dos professores que a perseguiam, e não sabiam ensinar direito. Coitada!

A pau e corda, Srta. Sem Serventia completou o ensino médio e então resolveu trabalhar porém não tinha nenhum diferencial para o mercado. Inglês sempre foi muito chato; em computação ela só sabia navegar na Internet, não sabia nem abrir o Word ou o Excel; atualidades para ela eram as fofocas da vizinhança e o que acontecia nas novelas. Ah, sim, o probleminha com números e letras eu já citei, né?

Bem que ela podia fazer um curso técnico e se qualificar. Porém, de família humilde, a pobrezinha não tinha dinheiro para isso. Ou saia para as baladas nos finais de semana e fazia as tatuagens que queria ou se qualificava. Sim, uma triste realidade ela vivia!

Há mais ou menos um ano, Maria Sem Serventia surpreendeu a todos: começou a trabalhar. Sim, um trabalho simples, mas digno como todo o trabalho. Parabenizei ela, e ouvi o seguinte:

"Nem é um trabalho difícil, nem muito importante".
"Todo o trabalho é importante. Você não deve pensar no seu cargo hoje como o fim, e sim como o começo" - respondi eu.

Mas, Maria era muito azarada, seu primeiro salário não durou mais que duas semanas. Parte dele passou direto por ela e foi para as prestações que já tinha feito antes de completar um mês de trabalho, outra parte foi para as baladas, e mais algumas tatuagens, e novamente nossa amiga não tinha como se qualificar...

O escárnio com o salário se sucedeu nos meses seguintes e aí veio o desânimo, o trabalho começou a ficar ruim, os superiores a perseguiam... mas tudo bem, o Natal estava chegando, o 13º daria uma equilibrada e logo viriam as benditas férias.

Maria estava muito cansada, precisava de férias urgente, estava esgotada! Por azar... até o calendário conspira contra nossa heroína: em 2016 o Natal caiu num domingo e não seria feriado. Logicamente, o mesmo aconteceu com o Ano Novo. Que bosta!!! Mas eis que uma luz acende na sua cabeça oca: se não tinha um feriado, que seria um "direto" dela, ela poderia pegar um atestado médico para ter seu "justo" dia de folga. 

Mas vejam, caros colegas, como Maria Sem Serventia é azarada e burra. Ela mora numa cidade pequena e não demorou muito até a "fofoca" de que ela estava gozando de sua enfermidade junto a alguns amigos (num bar, tomando cerveja, no meio da tarde) chegar ao seu chefe. O resultado foi esse mesmo: demissão "sem justa causa", por estar tomando cerveja no lugar errado, na hora errada - é muito azar!!!

E o que está ruim ainda pode piorar, pelo menos para as pessoas azaradas. Agora, Maria Sem Serventia está sem trabalho, continua sem qualificação, e tem algumas prestações atrasadas e outras tantas a vencer. Seu nome já está no SPC. Tudo isso antes de completar 20 anos de idade!!!

Realmente não sei se Maria irá aprender algo com a situação, espero que sim!

06 fevereiro 2017

Sorte, será que existe?

Buenas, galera! Hoje vou falar um pouco do imponderável, do acaso, ou seja, da sorte. Normalmente finalizo minhas postagens com um vídeo (via de regra, uma música), mas hoje vou colocá-lo no início. É um vídeo com texto do Marcos Piangers em que ele fala sobre sorte.

Sorte...

Eu acredito na sorte, acredito que a sorte é um bônus que recebemos pelo esforço desprendido em uma tarefa, ou no acúmulo desses esforços. Como assim??? Muitas vezes já aconteceu comigo uma dessas duas situações:

1. Fiz um bom planejamento, executei, mas por algum lapso, cometi um erro. Mesmo assim, o projeto deu certo, tive êxito... por sorte!

2. Tive um esforço homérico em uma dada tarefa, mas o resultado não foi o desejado, porém o aprendizado acumulado tornou uma outra tarefa muito fácil. Ou seja, usei as lições de um fracasso para o êxito em um novo projeto... que sorte!

Há um tempo atrás, quando ouvia as pessoas dizerem que eu tinha sorte porque estava "bem financeiramente" isso me incomodava, pois essas pessoas não tinham passado pelo que eu passei: pelas angústias e riscos das decisões; pelas privações em prol do estudo e do trabalho; pelas abdicações de lazeres e bens imediatos pelo planejamento financeiro; pelas mudanças de cidade e estado, vivendo distante das famílias, minha e de minha esposa, em busca de melhor oportunidade profissional.

Como digo, o sol nasce para todos, mas a sombra para poucos. Então, temos que plantar a nossa árvore. Todos acham bom deitar debaixo da sombra, mas poucos se dispõem a plantar e cuidar de uma árvore, até porque nem sempre ela vai crescer como planejamos...

Eu, assim como o povo da finansfera busca a IF. Não tenho certeza se vou alcançar, mas não desisto; não existe um seguro que a garanta, mas gosto da dúvida; fico imaginando como será se quando atingi-la mas não deixo de curtir a viagem, por isso, invisto para viver e não o contrário. Até acho que trilhar o caminho é a parte mais prazerosa dessa jornada. Se não for, bem... terei aprendido muito e quem sabe tenha ainda mais SORTE!

P.S.: minha intenção era falar também sobre o outro lado, o azar, mas o post já está longo e vou deixar para a Parte II

Desejo a todos que leram esse post muita SORTE!!!!