04 outubro 2016

FII de Papéis - alto DY, mas...

Buenas galera!

Como já publiquei, minha carteira financeira (sem os imóveis) tem cerca de 15% de FIIs, que é a segunda classe de ativos que mais invisto atualmente, a primeira é RF. Então, obviamente FIIs não teriam esse lugar de destaque se não fosse de meu interesse.

Bom, preferências à parte, neste post gostaria de avaliar a evolução das cotas patrimoniais dos FIIs de Papéis para entender o que está ocorrendo com o valor desses FIIe se o DY está realmente compensando.

Desde já, deixo claro que não tenho nada contra eles, inclusive tenho alguns na minha carteira.

Abaixo seguem gráficos com a evolução das cotas patrimoniais de alguns FIIs de Papéis. Escolhi os FIIs pela liquidez e avaliei os últimos cinco anos (quando possível). No gráfico da esquerda plotei a variação nominal destas (com alguns ajustes) e no da direita a sua variação percentual.

 Notas:
  • BCRI11: inicio em 07/15 com a cota a R$ 100,00
  • CPTS11: inicio em 09/14 com a cota a R$ 100,00
  • HGCR11: dividi o valor da cota por 10 para não distorcer o gráfico, e melhorar a avaliação
  • JSRE11: em 30/09/14 incorporou BJRC11 e JSIM11 e desdobrou as cotas em 1:10. Para melhorar a visualização deixei todas as cotas na mesma base, ou seja, dividi as cotas anteriores ao desdobramento por 10. Este FII tem cerca de 55% do PL em recebíveis, 25% em cotas de FIIs, 1,4% em imóveis para locação e o restante em fundos de renda fixa, por isso alguns não consideram JSRE11 como FII de recebíveis, mas entendo que deva ser avaliado como tal
  • KNCR11: em 07/14 desdobrou as cotas em 1:10. Para melhorar a visualização deixei todas as cotas na mesma base, ou seja, dividi as cotas anteriores ao desdobramento por 10
Noto que, com a exceção do XPGA11, os demais FIIs tiveram valor das cotas patrimoniais caindo, ou sem uma evolução que acompanhasse ao menos o IPCA. A minha opinião é que o cotista, embora esteja recebendo um DY elevado, está 'perdendo' patrimônio uma vez que o PL não acompanha a inflação. Lembrando que valor e cotação não são a mesma coisa.

Avaliando as cotas patrimoniais dos FIIs de Tijolo, por ex., veremos que o valor também diminui, porém, isso deve-se à avaliação patrimonial, e espera-se que o patrimônio do fundo acompanhe (ou supere) a inflação, ao longo do tempo. Já nos recebíveis isso isso não ocorre pois o capital pago pelo devedor não é corrigido, uma vez que o rendimento é distribuído e/ou gasto nas despesas do FII.

Em conversa com o RI de alguns FIIs (aqueles retornaram meu contato), as informações foram de acordo com o que escrevi acima e, a sugestão lógica para manter o valor, seria o cotista reinvestir ao menos a perda com a inflação em novas cotas.

Então, avalio que o DY de um FII de recebíveis não é líquido e preciso destinar parte dele para a manutenção do patrimônio.

Você concorda?

Por fim, quero reforçar novamente que não tenho nada contra os FIIs de Papéis. Acho que é uma boa opção de investir de forma diversificada em recebíveis, e tenho cerca de 15% deles na minha carteira (JSRE11, KNCR11, FEXC11B), além de ter AGCX11 que possui 1/3 do PL em recebíveis. 

OBS: não considere esta postagem como uma recomendação de investimento até porque não sou habilitado para tal, o intuito é criar uma discussão sobre o tema para o crescimento de todos.

Um abraço e, como ando meio nostálgico, hoje All Along The Watchtower (Lenny Kravitz & Eric Clapton - 1999).

12 setembro 2016

Viver de Dividendos e Investidor Livr3 - living abroad...

Beunas, galera!

Chamou atenção que dois guerreiros que acompanho estão de malas prontas para o exterior:

Viver de Dividendos: Deutschland

Investidor Livr3: USA

Desejo sucesso nessa nova empreitada para ambos. E postem sobre essa experiência!

Viver no exterior sempre me atraiu, independente de gostar ou não de viver no Brasil, acho que uma experiência fora é insubstituível. Por isso, corri atrás e obtive minha cidadania Italiana. Talvez, para mim, ela tenha chegado tarde (2010), mas para meus filhos não. Eles tem a oportunidade de ter essa experiência, com toda a tranquilidade.

Eu já tive minha experiência abroad em 2001, mais precisamente em Londres, e estive perto de retornar para o velho continente em duas ocasiões: em 2003 para Holanda, mas a vaga em questão fechou; e 2006 para Suécia ou Inglaterra, mas aí eu decidi abortar a missão. 

Ainda hoje tenho planos de voltar a viver fora do Brasil, mas dois fatores tornam isso bastante difícil:

  •  Responsabilidade com a família:
    • Quando se é solteiro, pode-se encarar um risco de passar necessidades com tranquilidade, uma vez que você não coloca ninguém na mesma condição por uma decisão, sonho, projeto, ou qualquer outro nome que queiramos dar. No caso do VdD ele tem uma condição ímpar de manter os ganhos lá, o que é bem diferente de que quem depende de mercado.
  • Salário: acho difícil encontrar um salário compatível com o que ganho em terras Tupiniquins, no além-mar.
    • No início de carreira, nosso ganho geralmente é baixo e, muitas vezes, o risco compensa. Se decidirmos ir para o exterior, mesmo que não encontremos lá um grande salário, temos outros ganhos como experiência, idioma, etc., os quais, provavelmente, serão convertidos em ganhos futuros. Entretanto, com a evolução profissional e salarial, pensamos de forma mais cartesiana e fica difícil trocar o ganho já conquistado (e satisfatório) por um projeto.
Agora, sendo bem honesto, apesar do bom salário, da estabilidade financeira e tudo mais que já conquistei, às vezes, penso em largar tudo e colocar em prática esse plano. Infelizmente (ou felizmente), como já comentei, isso é bastante difícil por hora. Pensando financeiramente, dificilmente teria ganho com essa mudança:
  • Para que aperfeiçoar o idioma se meus clientes mal falam português?
  • Um mestrado, um doutorado? Sinceramente, só serviria se quisesse uma transição de carreira para pesquisa ou docência. E isso, provavelmente, viria acompanhado de um decréscimo em ganhos, o que, no momento, não é aceitável para mim.
Bom, enquanto isso, vamos economizando e investindo. Quem sabe não me aposento por lá!!!

Aos que desejam ter uma experiência dessas, eu recomendo, e o quanto mais jovem melhor. Mas faça da forma correta, com cidadania ou visto, tudo legal.

08 junho 2016

Resultados ABR-MAI 2016

Boa noite, galera! Os últimos dois meses foram bem cheios. Por opção, o blog ficou para depois e o depois ficou perto do encerramento de Maio... que veio antes da metade de Junho - parece as metas do PT... se não consegue cumprir a meta, muda a meta.

O trabalho continuou a consumir bastante nesses dois meses mas foi bem interessante, e os investimentos também. Aproveitei para pensar sobre a estratégia e um novo balanceamento da carteira. Decidi manter a soma de FIIs e Ações em 25% da carteira, porém, FIIs vão oscilar de 15-20% e Ações de 5-10%. Graficamente vou considerar FIIs 17,5% e Ações 7,5%, ficando 2,5pp como desvio.

No geral, apesar da grande volatilidade (que já era esperada), os ativos tiveram bons resultados, principalmente as Ações (+18,56). Completando a renda variável, os FIIs rentabilizaram 5,73%.

Na Renda "Fixa" o TD teve uma rentabilidade de 2% e o as outras RFs 1,23%. Os impactos na renda fixa foram as realizações no Tesouro Direto e o valor em caixa no final de Maio que diminuiu a rentabilidade.

O crescimento patrimonial ficou em 5,91% - afetado por alguns gastos extras na casa e lazer. Deste crescimento, 2,68 p.p. vieram dos aportes e 3,23 p.p. do valorização da carteira, ou seja, 45% do crescimento vieram de aportes.

Abaixo segue a rentabilidade da carteira no bimestre Abril-Maio:


Renda Fixa

Tesouro Direto: a rentabilidade do TD foi baixa no bimestre (2%), mas no geral continua sendo bem positiva devido à valorização obtida em fevereiro e março. Acredito que boa parte da possível queda da Selic já esteja precificada e, por isso, vendi uma parte dos títulos, principalmente os pré-fixados. Também vendi alguns títulos IPCA+35 mas nada significativo. Por hora não pretendo realizar aportes significativos no Tesouro.



Outras Rendas Fixas: os maiores aportes do bimestre foram em CDBs com liquidez diária, uma vez que aguardo uma janela para investimentos mais rentáveis.

Como já mencionado, a rentabilidade dessa classe é prejudicada pelo colchão de segurança que fica em Compromissada e tem rotatividade. Junto com isso, no final de Maio recebi alguns valores que ficaram na conta para aplicação, então no montante esse valor foi representativo, mas não rendeu nada.

Por fim, a rentabilidade dessas rendas ficaram em 1,23%, o que é bem baixo.

Renda Variáves

Ações e ETFs: no período realizei PETR4, aportei mais em BOVA11, comprei BRSR6 e ESTC3. Para os próximos aportes, devo buscar outras ações para longo prazo, observando os fundamentos - caso não tenha segurança em nenhum papel, devo fazer novos aportes em BOVA11 buscando o balanceamento da carteira conforme definido na estratégia.


O lucro em PETR4 foi bem interessante!!! Sei que pode subir mais, mas não tenho segurança no papel, então acho que o melhor foi por o lucro no bolso.

Fundos Imobiliários: no bimestre (abr-mai) a carteira de FIIs continuou valorizando bem (5,73%), apesar de ser afetada negativamente por XTED11 em Abril e BRCR11 em Maio. No caso de BRCR11, com a devolução dos valores e o alto rendimento pago, essa queda é bem explicada - o dinheiro mudou de bolso mas a calça é a mesma. Quanto aos aportes, apenas reinvesti os rendimentos somado ao valor extra vindo de BRCR11, ou seja, a carteira continuou do mesmo tamanho.

Os proventos mensais ficaram em 0,84%, em abril e 3,48% em maio, porém, maio não dá para considerar devido ao valor extra de BRCR11. Acredito que para junho fique em 0,80%, se as cotas continuarem a se valorizar, o que representaria 3,51% dos gastos mensais (meta é 5%).

Aportes

Os gastos na casa e lazer (viajem) consumiram boa parte da mascada. A verdade é que a mesma quantia que investi eu gastei nesses 'extras', ficando em 15% da renda, aproximadamente. As viagens não param, pois temos compromisso em Junho que demanda viagem e depois vem as férias escolares... mas acredito que não será tão impactante e poderei aumentar o percentual investido.

Bola de Cristal

Em março escrevi que depois de dois meses de bonança havia uma dúvida se teríamos uma tempestade em Abril. Abril foi ligeiramente calmo, mas a tempestade veio em Maio... dólar subindo, bolsa caindo e juros no sobe e desce. Aparentemente, o mercado de junho está tranquilo, mas não se sabe até quando... até as reticências eu tinha escrito no domingo (05/06) - segunda viajei a trabalho e sabemos o que ocorreu. Lava jato na porta do PMDB gerando mais volatilidade, ou seja, Junho não está mais tranquilo!!! 

Na minha opinião, o cenário político continua dominante, e a fragilidade parece estar em todas as castas, ou seja, todos os partidos podem estar envolvidos em algum caso nebuloso - o que para mim não seria nenhuma novidade!!! Fica aí a sugestão de dois títulos para filmes uma vez que o MINc continua a existir: EU SEI O QUE VOCÊS FIZERAM NA ELEIÇÃO PASSADA ou EU SEI O QUE VOCÊS FIZERAM NA ADMINISTRAÇÃO PASSADA.

Quanto ao Impeachment, eu esperava mais dificuldades do que apresentou até agora. Aparentemente o mercado está certo do Impeachment e está mais voltado aos atos do Governo Temer. Eu ainda conto com algumas especulações na votação no Senado, mas vejo o Impeachment consolidado.

Embora o mês esteja calmo, fontes para volatilidade não faltam: Lava Jato, Impeachment, Copom, FED, Commodities, China... mas eu penso que os fatores externos (FED, Commodities, China) tendem a ganhar um peso maior e ditar o ritmo daqui para frente.

Sendo assim, meu foco principal continuará na renda fixa, mas provavelmente não Tesouro Direto, a não ser que as taxas do TD IPCA+ subam acima de 6,50-6,75 e TD Pré-Fixado estou fora. Na RV estou avaliando alguns FIIs, algumas Ações e BOVA11. É certo que algum aporte em RV eu farei caminhando para o balanço de 75% RF e 25 RV.

Abaixo segue gráfico da carteira em Maio.


Seguindo meu gosto eclético e variado, Eros Ramazzotti - Rosa Nata Ieri, em homenagem à bambina recém chegada...


04 abril 2016

Resultados MAR/16 - Medalha, Medalha, Medalha...

Mês de março foi tenso na política, mas animado para os investidores focados em risco e nós, pobres mortais, tivemos nosso quinhão. Ações decolaram, FIIs se valorizaram com força, os títulos do Tesouro Direto pré-fixados e atrelados à inflação bombaram e até as demais rendas fixas (TD-Selic, CDBs, Compromissadas, Empréstimos) tiveram um resultado interessante. No total, o patrimônio cresceu 11,1%, sendo que 3,2% foi pelos aportes e 7,9% pela valorização da carteira.

A falha foi ter trabalhado demais e não acompanhar muito a carteira de fundos imobiliários... agora fazendo o fechamento foi que percebi que não comprei nenhum FII esse mês, e, embora a black friday continue, já está difícil encontrar as mega ofertas - como diz o ditado: "quem trabalha não tem tempo para ganhar dinheiro". Já nas ações, fugi um pouco da minha proposta inicial e comprei um pouco de PETR4, o que deu uma excelente valorizada mas não pretendo manter o papel e sim realizar, e colocar o lucro em BOVA11.

Abaixo a rentabilidade de Março:
Renda Fixa

Tesouro Direto: esse mês não operei no TD - só fiquei assistindo as valorizações ocorrerem. Minha carteira de títulos atrelados ao IPCA valorizaram mais de 21%; os pré-fixados mais de 6% e as LFTs (TD-Selic) um pouco mais de 1%. No geral TD valorizou 8,7%.
Como de costume, abaixo segue a carteira de TD atual.
Outras Rendas Fixas: essa classe de investimentos é um caos para avaliar e calcular a rentabilidade, pois entram as compromissadas que uso como colchão de segurança para o mês corrente. Então aplico e resgato várias vezes ao mês, e a rentabilidade fica prejudicada. De qualquer forma entendo que é melhor uma rentabilidade menor do que nenhuma rentabilidade (caso deixasse o dinheiro na conta ou numa poupança).

Como em Março mantive um saldo médio estável na Compromissada e tive um resultado interessante nos empréstimos pessoais, até o patinho feio brilhou e a rentabilidade ficou em 1,27% contra 0,65% no mês anterior.

Renda Variáves

Ações e ETFs: conforme já antecipei, o resultado foi excelente, devido às valorizações de BOVA11 e PETR4, mas em Abril volto à realidade: pretendo realizar PETR4 e aportar mais BOVA11. Como não tenho tempo e nem muito conhecimento para operar não posso contar com a sorte. De qualquer forma, um resultado de 40% de valorização no mês é impressionante!

Fundos Imobiliários: também ocorreu uma enorme valorização da cotas de minha carteira (11,1%) e, como comentei anteriormente, perdi a oportunidade de comprar mais cotas à preços incríveis, principalmente nas primeiras semanas de Março. De qualquer forma, ainda vejo o mercado de Fundos Imobiliários com preços bem atrativos e devo aportar em Abril. Sinceramente, não gostei da valorização deste mês. Entendo a compra de FIIs como compra de renda, então quanto mais barato eu comprar essa renda melhor.

O Yield mensal ficou em 0,90%, e, em valores, ficou muito próximo ao de Fevereiro, contribuindo 3,54% (meta é 5%). Pretendo fazer novos aportes em Abril.

Aportes

Assim como o mês anterior, Março não tive muitos gastos não recorrentes, mas a chegada da herdeira consumiu mais alguns ossinhos - dentro do previsto. Embora as receitas não foram generosas como Fevereiro, consegui um aporte na ordem de 39% das receitas.

Bola de Cristal

Dois meses de bonança - será que teremos tempestade em Abril? Sinceramente não sei.

Minha expectativa é que o cenário político continuará ditando o ritmo do mercado (nenhuma novidade nisso!!!) e espero altos e baixos na Bolsa. Acho que o Impeachment terá dificuldades para ser aprovado e, mesmo que seja, o atual governo provavelmente irá contestar no TSF. Então, muitos boatos e fatos para fomentar a volatilidade do mercado acionário. Com essa expectativa, acho uma boa hora para realizar PETR4, mas sem muitas oportunidades para realocar. Talvez coloque num CDB com liquidez diária e espere um cenário mais definido, ou uma correção dos preços.

No Tesouro Direto, a princípio, pretendo aportar em NTN-B 35 somente acima de 6,75% e LTN-23 acima de 14,25%, mas o cenário de juros vai comandar essa decisão. De qualquer forma, acho que a maior valorização dos TD-Pré e TD-IPCA já vieram e para uma nova valorização teremos que ter uma sinalização de queda da Selic além da expectativa do mercado. Inclusive, espero uma rentabilidade negativa nos títulos mais longos em Abril. O governo sinalizou que a queda da Selic não se dará tão rápido quanto o mercado havia entendido. 

Abaixo segue gráfico da carteira em Março.
Este mês volto com os clipes. Abaixo Simple Life - Lynyrd Skynyrd

03 março 2016

Resultados FEV/16

E aí galera, só alegria!!! Fevereiro foi um mês gordo, bons resultados, rendas extras, aportes interessantes.

Resultado Geral: evolução patrimonial positiva em 7,53%. Maior impacto para os aporte na ordem de 4,53%, mas no geral todos os investimentos uma performance positiva.

Renda Fixa



Tesouro Direto

Resultado Geral da Carteira TD: +2,00%.

Todos os títulos tiveram um bom desempenho, sendo o pior no TD-SELIC (+1,01%).

Em fevereiro resolvi aportar um pouco mais em FIIs e Ações. Assim, parte do TD foi transferido para esses investimentos. Zerei a posição no TD IPCA+19 e reduzi 17% a posição no TD PRÉ 17. No final do mês aportei um pouco no TD IPCA+24, acreditando na queda da Selic e elevação da inflação. Abaixo a distribuição em janeiro/16 e fevereiro/16 do TD:

Outras Rendas Fixas

A rentabilidade líquida das rendas fixas diversas (CDB, Compromissada, LC, etc.) ficou em 1,12%. Esse resultado normalmente fica prejudicado pois uso a Compromissada como "cheque especial", então ocorrem diversos aportes e saques durante o mês.

Renda Variável

Fundos Imobiliários

Valorização das cotas: +5,89%
Yield Mensal: 1,00%

Com a forte desvalorização das cotas recentemente, acabei aportando um cascalho em BRCR11. Por felicidade, esta que era a cota com a pior performance na minha carteira, foi a que teve a maior valorização em fevereiro.

Com mais cotas o YM cresceu 5,34% (fev x jan) e contribuiu com 3,54% dos custos mensais contra 3,36% em janeiro (meta é 5%).

Com a previsão de manutenção e possível queda das taxas de juros, aliada aos descontos praticados nas cotas de FIIs, é provável um novo aporte neste mês.



BOVA11 

Depois da queda em janeiro, a bolsa em geral ganhou força em fevereiro e o mês finalizou bastante positivo. Além do melhor ambiente, um novo aporte turbinou os investimentos em BOVA11 e a valorização das ações foi de +16,69%.

Março continua bombando, mas sem fundamento... vamos ver no que dá. Nitidamente o combustível é político, pois um PIB de -3,8%, inflação elevada, baixa confiança certamente não está sendo o motivo para as recentes altas. Até eu que não entendo quase nada de ações percebo isso!!!

Aportes

Depois dos gastos fortes em janeiro, fevereiro foi bem mais amigável, ficando os não recorrentes centrados apenas nos preparativos para a chegada da herdeira, que consumiu 20% da mascada. Aliado a uma despesa menor, as receitas foram maiores, turbinadas por um bônus semestral. Resultado: uma aporte de 40% da receita. Agora, fevereiro é passado e vamos para março... o resultado financeiro não é muito promissor pois vem aí o IPTU Parte 2 e a chegada da herdeira que deve consumir alguns fiorins (diferença de hospital, festas, etc.). De toda a forma, esse gasto é muito prazeroso.

Abaixo seguem os gráficos da evolução da carteira e da rentabilidade (tudo verdinho) de fevereiro.


Normalmente gosto de descontrair com algum clip, mas nesse mês vou postar um vídeo do Marcos Piangers que tem uma mensagem fantástica.


11 fevereiro 2016

Resultados JAN/16

E aí galera, acabou janeiro, e tenho o primeiro resultado de minha carteira. Com um certo delay na postagem...

Resultado Geral: 2,34%. Maior impacto para a performance negativa foi a queda dos valores das cotas dos FIIs.

Renda Fixa

Tesouro Direto

Resultado Geral da Carteira TD: +1,36%.

Apenas os títulos IPCA+35 apresentaram desempenho negativo devido à elevação das taxas, inclusive fiz novos aportes no papel.

Com a expectativa da queda da Selic, transferi cerca de 10% TD-Selic para pré-fixados de vencimentos 2018 e 2021 e IPCA+35, trazendo minha média no IPCA+35 para 7,09%. Minha expectativa é um resultado no curto e médio prazo com os pré-fixados e uma reserva protegida contra a inflação com o IPCA+2035. Abaixo a distribuição em dezembro/15 e janeiro/16 do TD:


Outras Rendas Fixas

A rentabilidade líquida das rendas fixas diversas (CDB, Compromissada, LC, etc.) ficou em 1,14%, perdendo para a inflação do mês que foi de 1,27%.

Renda Variável

Fundos Imobiliários

Valorização das cotas: -9,71%
Yield Mensal: 1,12%

Uma forte desvalorização das cotas no mês foi cruel, mas faz parte... inclusive abre uma boa oportunidade de compra. Estou avaliando.

Na óptica dos proventos, o YM contribuiu com 3,36% do meu custo mensal, um pequeno aumento em relação a dezembro (3,20%). Relembrando, a meta para 2016 é chegar a 5%.

BOVA11 

Seguindo a estratégia do ano, iniciei os aportes em BOVA11, colocando no papel, 1/4 do que pretendo investir no ano. Assim, fico com mais três aportes para fazer o preço médio. Como estou começando, estou bastante defensivo, mas aos poucos vou incrementando a confiança e os aportes. Com a compra num preço médio de R$ 39,98, o resultado do mês foi de -1,98%, isso porque recuperou bem na última semana...

Aportes

Essa parte foi fraquíssima em janeiro. IPVA, IPTU, férias e os preparativos para a chegada da herdeira consumiram a maior fatia da mascada... aí o incremento foi de 30% da meta mensal, o que está em linha dado ao mês de Janeiro e os gastos extras.

Abaixo seguem os gráficos da evolução da carteira e da rentabilidade de janeiro.



26 janeiro 2016

Janeiro 2016 ou 13° de 2015?

Pois é, Janeiro tá acabando... mas estou pensando em considerar esse mês como um 13° de 2015. Os mercados continuaram caindo, a nossa economia continuou piorando, mais inflação, menos crescimento, a volta da nova matriz econômica assombrando... 'e nóis ó'!!!! Então continuamos em 2015...

Já na Argentina dizem Macri vai fazer o ano de  2016 o ano do consumismo: con su mismo carro, con su mismo salario, con su mismo... acho que a Presidanta não entendeu que era uma piada e resolveu estender a ideia para as terras tupiniquins. Pelo visto, teremos em 2016, uma nova oferta de crédito via bancos públicos (logicamente, os bancos privados não vão correr o risco de aumentar sua carteira de inadimplentes), alguns setores favorecidos pelas políticas que já vimos no passado, etc.

Será que vai funcionar? Acho que não!!! Se tudo der certo, vai dar errado! Acho que a injeção de crédito não vai ser suficiente para aquecer a economia. Na minha opinião não falta crédito, o que falta é estímulo para tomá-lo:

1. Empresários não sentem segurança em que esse crédito vai se pagar;
2. Consumidores tem receio de não cumprirem as obrigações por redução salarial (perda de comissões, horas extras) ou perda de emprego;
3. A inadimplência aumentou, então parte dos candidatos ao crédito (pessoas físicas ou jurídicas) já estão impedidos de tomá-lo. Bom temos a opção de criar um subprime via BNDEs, CEF e BB, mas não quero pensar nisso. Itaú, Bradesco e Santander da vida é que não vão colocar dinheiro em inadimplentes.

Então, se tudo der certo, vai dar errado! Agora se tudo der errado, e o crédito der certo... eu vejo mais inflação, mas dívida e, mesmo assim, retração do PIB. Isso porque vejo o crédito alimentando a inflação e não a economia.

Bom, já viram que não estou muito otimista com nossa Pátria auri-verde em 2016, mas vamos lá, poupando e investindo, pois enquanto uns choram outros vendem lenços...

Na próxima semana pretendo mostrar a catástrofe os resultados da minha carteira referente à janeiro.

Segue a minha homenagem ao PT. Como essa música é de 1987 e o clipe é muito tosco, preferi manter só o áudio...



20 janeiro 2016

Tesouro Selic x Compromissada x CDB (x Poupança)

Pois é, o IOF passou a incidir sobre a Compromissada, então, a grande vantagem dela sobre o CDB acabou. Mesmo assim mantenho uma reserva equivalente a 30 dias dos meus gastos nela... já está com mais de 30 dias e taxa relativamente boa.

Seguido vejo em comentários de blogs e conversas com amigos questões sobre onde manter o dinheiro até atingir o montante para uma oportunidade de investimento melhor ou, no caso de investimento em Tesouro Direto até um dado papel atingir uma taxa mais atrativa, ou até a ação desejada chegar no preço alvo para compra (idem para ETF e FII), e assim por diante.

Por exemplo: Juquito quer investir em um CDB na corretora em que tem conta, mas o investimento mínimo é de R$ 10.000,00 e Juquito tem R$ 5.000,00 e está em dúvida se manda esse dinheiro para a corretora e aplica em Tesouro Selic ou mantem no seu banco comercial.

Outro exemplo: agora Juquito quer investir em Tesouro IPCA+, mas quer aguardar taxas melhores. E aí? Joga para o Tesouro Selic ou mantem no banco comercial.

Em dezembro/15, fiz três aplicações simultâneas: Tesouro Selic 2021 (Tesouro Direto); CDB com 85% do CDI e Compromissada DI com 89% do CDI. Também busquei o rendimento da poupança para a data de aniversário dos investimentos anteriores para comparação - não coloco dinheiro em caderneta de poupança. Abaixo seguem os resultados, com rentabilidades líquidas de IR e IOF:
Compromissada DI 89% do CDI: devido ao fato da Compromissada em que investi não incidir IOF, ela tem um rendimento inicial bem melhor que os demais. Inclusive, sempre mantenho o dinheiro de minha conta corrente nela, ou seja, o valor que uso no mês - pinga um pouquinho, mas pinga, e o trabalho é mínimo.
Mesmo após os 30 dias (final da incidência do IOF), o rendimento da Compromissada foi superior ao TD-Selic e, obviamente, maior que o CDB 85% do CDI.
A desvantagem dessa opção é que não conta com o FGC. Algumas compromissadas contam, mas a que aplico não conta com o FGC. Como o valor que deixo nessa aplicação é baixo, opto por correr o risco, até por que o banco é sólido (ao menos por enquanto).

CDB 85% do CDI: esse é um CDB com uma remuneração básica de mercado, para valores baixos e sem relacionamento. Conta com a vantagem do FGC, mas incide IOF e, aí, a rentabilidade inicia bastante baixa devido ao IOF e vai recuperando aos poucos.
Por render um % do CDI menor que a Compromissada, segue, mesmo após 30 dias, com rentabilidade inferior, mas muito similar ao TD-Selic.

TD-Selic: não fiz resgates do TD-Selic, portanto, os valores que usei para calcular a rentabilidade são os valores líquidos que apareciam no extrato. Esses valores ficaram muito similares ao CDB com 85% do CDI.
Bom, vejo muitos comentários que o TD-Selic paga 100% do CDI, mas tem a mordida da BM&F (0,3% a.a. - sobre o investido), corretagem e custódia (se a corretora cobrar), e as flutuações de mercado (menores do que para um título pré-fixado ou IPCA+, mas existem), ágio/deságio, mas para capitalizar para acessar um investimento melhor, ou aguardar o ponto de entrada em um título ou papel, prefiro manter na compromissada ou no CDB. Se você pagar pela transferência (TED) para a corretora, então piora a situação...

Poupança: não deve ser surpresa para ninguém que a caderneta de poupança teve o pior desempenho. Pior ainda se a oportunidade de investimento viesse antes do aniversário - imagina no 29 dia??? Mesmo incidindo IR e IOF as outras opções foram superiores à bendita.

Falou!!! Até a próxima...


02 janeiro 2016

Metas SMART

Traduzindo do inglês, smart é um adjetivo que quer dizer inteligente, esperto. Então, uma meta smart seria uma meta inteligente.

Conheci o conceito de uma meta SMART, quando trabalhei numa multinacional. Meu chefe na época, um irlandês, comentou que as metas deviam ser SMART: specific, measurable, attainable/achieveble, relevant/realistic, time based/timely. No tupiniquim: específica, mensurável, atingível/realizável, relevante/realista e com prazo para ser atingida.


Vamos ver se tem sentido? Minha grande meta é atingir a independência financeira. Ok, ela é específica e posso até considerá-la mensurável, pois sei quanto preciso por ano para viver. Mas tenho que determinar um prazo para cumpri-la que pode ser um, cinco, dez, vinte anos, mas tenho que determinar esse prazo. Se esse prazo for muito curto, esta meta não será atingível ou realizável, e nem realista, e irá gerar uma desmotivação. Ao contrário, se o prazo for muito longo, também não dá para considera-la realista ou relevante. Metas, na minha opinião, devem ser difíceis o suficiente para serem desafiadoras mas não impossíveis para se tornarem desestimulantes.

Como já comentei, meu projeto de independência financeira, é algo novo no que tange à estruturação, portanto, não sei exatamente quantos anos levarei para atingir meu objetivo, mas estimo uns dez anos. Por isso, resolvi colocar metas SMART anuais e, para o ano de 2016, minha meta é que os rendimentos de minha carteira de investimentos financeiros cubram 13,5% do meu custo de vida, no final do ano. Atualmente eles cobrem 10%.

Considero como rendimentos, de acordo com minha carteira, os proventos de Fundos de Investimentos Imobiliários, Dividendos de Ações (quando e se existirem), lucro líquido real dos investimentos em Renda Fixa (lucro líquido descontado a inflação pelo IPCA). Provavelmente para 2016, os dividendos não existirão ainda.

Investir para viver... isso é o que busco!!!

Não pretendo viver para investir, ou seja, entrar numa corrida frenética para aumentar meu patrimônio através de aportes e resultados dos investimentos. Até porque, não entendo quase nada dessa área e, sem conhecimento, as chances de um retorno positivo são muito baixas, senão nulas. Não sou da área econômica, nem contábil, mas pretendo adquirir conhecimento sobre ambas as áreas, para melhorar meus resultados. Sim, o conhecimento é fundamental, independente do que formos fazer. Quando digo que não quero viver para investir, não estou dizendo que não vou me dedicar ou que vou 'fazer nas coxas'... só não vou entrar numa paranoia sobre investimentos.

O que busco é investir para viver. Obter uma renda passiva para custear minha vida, ou seja, atingir minha independência financeira. Meu foco não está em ser o melhor investidor, o que obtém os melhores resultados, o que achou a 'bola da vez' nos investimentos... só quero ter meus custos pagos pelo retorno dos meus investimentos, tarefa que não será nada fácil.

Esse projeto já iniciei há alguns anos, mas de uma forma empírica, nada estruturado, através do velho método da tentativa e erro, o que em investimentos, o segundo termo do binômio é o mais provável de ocorrer. Fiz da mesma forma que compramos um equipamento (desde uma simples lanterna até um complexo artefato de tecnologia) e começamos a operar sem ler o manual... em investimentos o resultado de operar sem conhecer é chama-se prejuízo. Aposto que, se alguém investiu sem ler o manual (leia-se: sem saber o que estava fazendo) teve prejuízo e, se por ventura obteve lucro, foi por sorte e não por competência.


Ao longo de 2015 comecei a colocar metas SMART e gostei. Em paralelo estudei mais sobre alguns investimentos e tracei um plano. Fui refinando esse plano e, para 2016, tenho planejamento mais estruturado para meus investimentos.


Com o que estudei, informações que obtive e as esfoladas que levei no passado (prejuízos), decidi, durante 2015, que minha carteira de investimentos financeiros seria concentrada em 80% de renda fixa (Tesouro Direto, CDB, LCA, LCI, LC, etc.) e 20% em Fundos de Investimentos Imobiliários. No final do ano, a Renda Fixa representava 81,5% da minha carteira e FIIs 18,5% - o que está aceitável tendo em vista a queda das cotas dos FII há alguns dias.


Seguindo a Regra Número Um (nunca perca dinheiro) e a Regra Número Dois (não esqueça a regra número um) de Warren Buffett, em 2016 pretendo iniciar aportes em BOVA11, em uma proporção tal que as eventuais perdas que possam haver sejam compensadas pela valorização real (descontados impostos e inflação) dos investimentos de menor risco da carteira. Posto isso, para o ano que começa, pretendo seguir com a concentração na renda fixa, mas reduzi-la para 75% da carteira, manter cerca de 20% em FIIs e entrar com uns 5% em BOVA11.


Minha meta SMART macro é passar de 10% de independência para 13,5% através da minha carteira de investimentos financeiros, sendo 8,5% através de rendimentos reais das aplicações de renda fixa e 5% de proventos de FIIs. Atualmente, a renda fixa contribui com 6,5% e os Fundos Imobiliários com 3,5% da minha despesa anual.

Bom, chega de papo e vamos trabalhar... desejo a todos um Feliz 2016, com muita paz, saúde, sucesso e realizações.